sábado, maio 27, 2006

tentando ser eu.

Eu sou uma pessoa de extremos. Tá aí. Confesso. Eu gosto dos sentimentos extremos. Muita tristeza, muita alegria. A intensidade que me faz viva. Mas ultimamente eu tenho tido dificuldades de conciliar minha vidinha nessas minhas exigências de extremos. Esse negócio de virar médica e ganhar um CRM, tá dando muito trabalho (Será que eu posso devolver esse tal desse CRM?!). Agora até o porteiro vem me perguntar se os remédios que ele tá tomando pra pressão estão certos. Não dá mais pra chegar as 8 da manhã em casa com cara de maluca e cruzar com os amigos dos meus pais no elevador. Não dá mais um monte de coisas. E de alguma forma, os extremos estão mais raros. Daí me encontro eu, nesse tédio contínuo. E isso tem sido cada vez mais recorrente, e eu não sei mais como resolver. Eu AMO o que eu faço, mas eu também amo não ser careta. E mal ou bem, nós médicos (tá, já estou me incluindo na classe) temos imagens. A minha área é de casos muito graves. E tem que ter muita confiança dos pacientes, logo caímos no dilema.
Mas eu comecei esse post para falar de outra coisa. Meus assuntos são sempre recorrentes. Não sei exatamente se o tom que eu uso também é, mas espero que exista alguma evolução. A idéia era falar da minha sensibilidade. Vira e mexe, eu me esburracho, quebro a cara mas descobri que eu consigo continuar tão sensível e tão delicada quanto sempre. E isso foi uma alegre surpresa. Essa manhã. Tive um momento em que caiu a ficha. Se tem uma coisa que me faz muito eu, é a minha sensibilidade. E eu tive um momento crise em que eu achei que perdendo uma parte da minha ingenuidade eu seria incapaz de me manter tão sensível. Mas descobri que nada mudou. E eu continuo sendo ligeiramente over, nas lágrimas e nos risos.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

continue sendo voce! tem uma música brega americana que diz "I´ve got to be me, who else can I be?"...rsss
De fato a coisa da imagem em várias profissões (e não só na medicina) é importante, até certo ponto. Porém, se você se esforça e de fato consegue ser competente você conquista o respeito profissional e a fantástica liberdade de ser exatamente quem é sem ter que fazer pose. eu era "meio maluco" depois do doutorado fora virei só "excêntrico"...
p.s.(desculpe os erros de digitação no outro post)

8:06 AM  

Postar um comentário

<< Home